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sábado, 30 de outubro de 2010

DUAS TESTEMUNHAS - APOCALIPSE 11

As duas Testemunhas de Apocalipse 11


Os dois primeiros versículos do cap. 11, portanto, proporcionaram a visão impactante da divisão de Israel em um Israel que crê em Cristo e que é preservado e um Israel  espiritual mas, cristãos apenas nominais, não praticantes que, não tendo forças para resistir, cai nas mãos do mundo gentílico. Ambas as partes se alastram agora em proporções mundiais. O ato de medir algum objeto requer que seja dada atenção especial a ele. A ordem de medir o templo de Deus implica em dizer que a igreja deveria dar uma atenção especial ao santuário.
O verdadeiro povo de Deus é medido não de acordo com a sua estatura física, mas por um padrão do que é certo: Uma lei, o referencial da santidade: 

12. “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade”
(Tiago 2:12).



             2. “Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque
      foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e
      dois meses.”
                                                                        (Apocalipse 11: 2).


           As nações européias (os “gentios”), no período de 42 meses, ou 1260 anos, coagidas pelo papado, pisariam a Igreja de Cristo no próprio átrio do santuário, onde o Senhor oficia como seu Sumo-Sacerdote. 
O que João estava para testemunhar e o que registrou para nós, era a batalha entre a Bíblia e o ateísmo. Essa batalha alcançou o clímax na Revolução Francesa. Os acontecimentos desta terrível revolução têm se repetido nas últimas décadas e vão se intensificar pouco antes da volta de Jesus.

             3. “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil
      duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.”

4. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do
     Senhor da terra”.
                                                                             (Apocalipse 11: 3 - 4).

  No tronco fiel são enxertados gentios (Romanos 11: 17). O que lemos nos próximos versículos apresenta marcas nítidas da comunidade de povos do N.T.. Do outro lado, Jerusalém se transforma em Babilônia (verso 6) e se expande pelo mundo inteiro (verso 9).
Enquanto os versos 1 e 2 eram nada mais que introdução para o que se segue é evidenciado pelo fato de que a continuação se dá sem transição: darei às minhas duas testemunhas autoridade (poder, NVI). João ainda tem em vista o mesmo período do verso 2, mesmo que agora o calcule em dias: que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. É verdade que mudou a pessoa que fala. Agora Cristo está proferindo uma palavra de autoridade sobre a igreja no tempo escatológico que por mil e duzentos e sessenta dias oprimiu a igreja cristã.    
Sim é para o seu tempo, pra você que esta acompanhando este blog. Esse tempo final não é simplesmente tempo do anticristo ou tempo dos gentios:

24. "E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados
       cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os
       tempos destes se completem".
                                                                              (Lucas 21: 24),

Porém é destacadamente também TEMPO DAS DUAS TESTEMUNHAS. Nesse período seu Senhor detém todo o poder:

20. "ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho
       mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
       consumação dos séculos".
      (Mateus 28: 20),

Por meio do qual ele visa criar, de forma onipotente, possibilidades para o serviço das testemunhas. É por isso que esse serviço de testemunhas se realizará, sem interrupções, com a onipotência de Jesus levada a sério.
Para a interpretação das duas testemunhas inicialmente deixamos de lado o número dois. Minhas testemunhas é em:

9. "Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem
     dentre eles pode anunciar isso, e mostrar-nos coisas já passadas?
     apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem; e para
     que se ouça, e se diga: Verdade é".

10. "Vós sois as minhas testemunhas, do Senhor, e o meu servo, a
       quem escolhi; para que o saibais, e me creiais e entendais que
       eu sou o mesmo; antes de mim Deus nenhum se formou, e
       depois de mim nenhum haverá".

11. "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador".

12. "Eu anunciei, e eu salvei, e eu o mostrei; e deus estranho não
        houve entre vós; portanto vós sois as minhas testemunhas, diz
        o Senhor".

13. "Eu sou Deus; também de hoje em diante, eu o sou; e ninguém
        há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu,
        quem impedirá?"
     (Isaias 43: 9 a 13).


7. "Quem há como eu? Que o proclame e o exponha perante mim!
     Quem tem anunciado desde os tempos antigos as coisas
     vindouras? Que nos anuncie as que ainda hão de vir".

8. "Não vos assombreis, nem temais; porventura não vo-lo declarei  
     há muito tempo, e não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas
     testemunhas! Acaso há outro Deus além de mim? Não, não há
     Rocha; não conheço nenhuma".
 (Isaias 44: 8)

Um apelativo de Israel. Assim como os ídolos têm suas testemunhas:

9. "Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem
     dentre eles pode anunciar isso, e mostrar-nos coisas já passadas?
     apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem; e para
     que se ouça, e se diga: Verdade é".
(Isaias 43: 9),

9. "Todos os artífices de imagens esculpidas são nada; e as suas
     coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas próprias
     testemunhas nada vêem nem entendem, para que eles sejam
     confundidos".
(Isaias 44: 9), assim também Deus. 


Na disputa legal ambos os lados apresentam suas testemunhas. Depois que o verso 1 havia nomeado a primeira designação da natureza de Israel, a saber, adorar a Deus, segue-se agora, como segunda, o serviço de testemunhar perante as pessoas verso 3. Israel é o que fala a Deus e aos seres humanos.
As palavras eu concederei (Que foi objeto de concessão; Permitido; admitido; outorgado; Verbo transitivo direto. Permitir, facultar: "O Professor concedeu que o aluno realiza-se um aparte". Outorgar, Dar: conceder uma autorização. Admitir por hipótese: Concedendo que ele tenha razão, permita-lhe explicar-se. 
Verbo transitivo direto e indireto: Permitir, facultar. outorgar, Dar: Cristo concedeu a igreja o poder de evangelizar; Verbo transitivo indireto: Anuir, concordar, convir: O Professor concedeu ao aluno sair da sala). Pano de fundo das decepções que Israel já preparou a seu Senhor. E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha.

Ao criar em (Apocalipse 3: 14) o predicado de Cristo testemunha, João não está pensando somente em que o Senhor defendeu a verdade de Deus pela palavra (assim é o entendimento em (1° Timóteo 6: 13) e (João 18: 37). O conceito de testemunha é aprofundado. Ele contém o empenho com a palavra e com a vida. A testemunha (em grego, mártys) é, no nosso livro, a testemunha de sangue. Foi com esta acepção que mais tarde o termo grego penetrou no linguajar geral, a saber, como mártir. Também aqui evoca-se a morte de Jesus.
Característica da testemunha é a fidelidade. (Uma pessoa que presenciou qualquer fato significativo.
JURÍDICA: Pessoa chamada a depor a respeito do que presenciou: A testemunha disse ao juiz que não viu nada, assim não prova a veracidade de algum fato.
PROVA; TESTEMUNHO.
Cada uma das pessoas que participam de um ato legal para lhe outorgar validade jurídica: testemunhas de casamento: testemunhas de batizado: testemunhas de registro de escritura, Testemunha dos últimos acontecimento da história deste mundo. 
TESTEMUNHA DE VISTA: jurídica, a aquela que tem ciência do que testemunha por ter visto; testemunha ocular). 
À testemunha fiel e verdadeira, contrapõem-se as falsas testemunhas. Isto é esboçado pelos capítulos sobre a Paixão nos evangelhos. As testemunhas falsas, contratadas, na história da Paixão falavam em nome do Israel renegado. Israel devia dar testemunho a favor de Deus (Isaias 43: 9 a 13); (Isaias 44: 6 a 11), ou seja, também a favor do Deus de Cristo. Esta era a vocação deste povo. Contudo testemunhou contra Deus e seu Ungido junto com os gentios. Cristo, em contraposição, foi o único que permaneceu obediente e fiel até à morte e morte de cruz:

5. "Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo
     Jesus,

6. o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a
    Deus coisa a que se devia aferrar,

7. mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
    tornando-se semelhante aos homens;

8. e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
    tornando-se obediente  até a morte, e morte de cruz".
                                                                             (Filipenses 2: 8).

Assim ele representou o verdadeiro Israel, ainda que fosse executado como suposto blasfemo contra Deus. Os verdadeiros blasfemos, no entanto, são evidenciados como sendo os que zombaram e blasfemarão de Cristo. 
(Apocalipse 1:5; começa a nos mostrar quem é esta testemunha), e visam o restabelecimento escatológico do verdadeiro Israel espiritual para o serviço de testemunhar nos últimos dias. Esse restabelecimento é gerado por aquela depuração dos versos 1 e 2. O pequeno resto obterá autoridade e encherá o mundo com o seu testemunho. A execução disso é relatada por (Apocalipse 12: 11); (Apocalipse 1: 2 a 9); (Apocalipse 2: 13); (Apocalipse 6: 9); (Apocalipse 12: 17); (Apocalipse 17: 6); (Apocalipse 19: 10); (Apocalipse 20: 4). Essas referências confirmam que a promessa de um Israel espiritual, se cumpre com fidelidade em seu serviço de testemunhar no tempo escatológico, pensa-se na igreja de Jesus, a que Cristo está guardando como a menina de seus olhos, formada por judeus e gentios. O verso 8 afirma que seu Senhor é o crucificado. Em consonância, seu testemunho também é o evangelho, seu campo de ação estende-se até os confins da terra (verso 10), seus ouvintes são todos os povos (verso 9), e seu tempo de serviço dura desde o dia da Ascensão até o fim dos dias (Grego: "eon"), a saber, "mil duzentos e sessenta dias", quarenta e dois meses proféticos. Tudo nela coincide com a igreja apostatada dos nossos dias.
Entretanto, que significa: Darei às minhas duas testemunhas autoridade (poder, NVI)? No original grego ainda se encontra o artigo definindo, que permite constatar um conceito definido. O próximo versículo o esclarece. No estilo explicativo típico (Apocalipse 7: 14); (Apocalipse 14: 4), diz-se primeiramente: São estas as duas oliveiras. Isso constitui uma nítida indicação para (Zacarias 4: 1 a 3 e 11 e 14)! Lá o profeta viu um candelabro alto e dourado, que trazia um recipiente. Em redor desse recipiente ele constatou vasilhas de óleo, cujas beiradas, no entanto, não tinham apenas um bico, como em lâmpadas comuns, mas nada menos de sete dobras, para poderem conter sete pavios. Ou seja, o profeta viu um candelabro imponente, reluzente de ouro, que fornecia um volume de luz extraordinário com suas sete vezes sete chamas. À direita e à esquerda do candelabro, porém, havia duas oliveiras, que conforme o verso 14 simbolizavam duas oliveiras. Estes dois ungidos cheios de Espírito estão à disposição do Senhor de todas as terras. Proclamam à terra sua inesgotável soberania, sobretudo que ele se torna soberano.
São estas, portanto, as DUAS OLIVEIRAS, bem conhecidas dos judeus por causa de vivas análises. O sentido básico está claro: servem como precursores do Senhor vindouro. Que personagens individuais, porém, estavam ocultos atrás das duas oliveiras?

As Duas Oliveiras

É agora que o Apocalipse se imiscui na interpretação. As oliveiras não são personagens históricos isolados, pois realizam seu serviço durante todo o tempo escatológico (mil duzentos e sessenta dias). 
Tem havido muita especulação quanto à identidade dessas duas testemunhas. Alguns procuram vê-las como literais, chegando mesmo a nomeá-las como Moisés e Elias. Mas toda a linguagem aí é figurativa. O apocalipse nos diz:

4. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do
     Senhor da terra.” 
(Apocalipse 11: 4).

Em Zacarias, as duas oliveiras representam a Palavra de Deus, e a Palavra de Deus é sem dúvida uma luz.


11. "Falei mais, e lhe perguntei: Que são estas duas oliveiras à direita
       e à esquerda do castiçal?"

12. "Segunda vez falei-lhe, perguntando: Que são aqueles dois ramos
       de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem  
       de si azeite dourado?"

13. "Ele me respondeu, dizendo: Não sabes o que é isso? E eu disse:
       Não, meu senhor".

14. "Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que assistem junto
       ao Senhor  de toda a terra".
 (Zacarias 4: 11 a 14).

ONDE NÃO HÁ BÍBLIA, HÁ ESCURIDÃO ESPIRITUAL, DAVI DIZ NOS SALMOS:

 105. “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu
          caminho”.
 (Salmo 119: 105).                     

Conjuntamente os textos de Apocalipse e de Zacarias, os dois ressaltam que da oliveira verte o azeite, que é símbolo do Espírito Santo, enquanto que os castiçais são portadores de luz; a luz do evangelho de Cristo.
Desse modo, a passagem de Zacarias foi interpretada com autoridade como se referindo à igreja de Jesus cheia do Espírito. Enfim, é ela que, segundo os escritos de João, tem a unção (1° João 2: 20 a 27) e tem o Espírito (1° João 3: 24); (1° João 4.13).
Impressão de extraordinária ousadia, porém, com vistas à passagem de Zacarias, causa o adendo acerca das duas oliveiras: e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor. Pois Zacarias viu somente um único candelabro, e esse simbolizava o próprio Senhor. O Apocalipse tem conhecimento de dois candelabros, identificando-os com as testemunhas de Jesus, como antes já havia acontecido com as duas oliveiras. Elas são tudo ao mesmo tempo, oliveiras e candeeiros.
Essas designações estão formuladas geralmente com o número dois. Nesse detalhe concentra-se um interesse peculiar. Uma questão só recebia validade legal após depoimentos concordantes da boca de duas pessoas. Em decorrência, o número dois no presente texto apregoa a vigência legal e a autoridade do testemunho único de Jesus. Não se deveria depreender daqui uma diferença qualquer no seio da igreja e de seu testemunho, mas precisamente a igualdade. O número dois cria a imagem da força para a igreja do tempo escatológico.
Candeeiros simbolizam a luz, as Escrituras são mais do que uma luz; elas dão também testemunho da graça de Deus. Jesus declarou que as Escrituras do Velho Testamento testificavam dELE. Em Mateus lemos:

14. “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, para
       testemunho a todas as nações”.
(Mateus 24:14)


A explicação mais satisfatória desta profecia é que as testemunhas são o Velho e o Novo Testamentos. É fora de dúvida que eles testificam de Cristo:

39. “São estas (as Escrituras) que de Mim testificam”.
(João 5:39).

Assim, na linguagem simbólica do Apocalipse, os dois castiçais e as duas testemunhas são referências à Palavra de Deus.
Durante 1260 anos, as duas testemunhas estão vestidas de pano de saco, um símbolo de obscuridade. Nos tempos bíblicos, o pano de saco era uma referência ao luto. Por que a Bíblia estava de luto? A Bíblia ficou escondida sob linguagens desconhecidas. Quem não lesse o hebraico ou o grego não podia ler a Bíblia. 
Antes da imprensa, a Bíblia, que era escrita à mão, custava tão caro que somente os que eram muito ricos podiam tê-la. Uma Bíblia custava mais do que uma fazenda. Os mestres eruditos das Universidades tinham acesso à Bíblia, mas não as pessoas comuns.
As vestes de pano de saco durante 1260 anos indicam a humilhação a que as Escrituras foram submetidas naquele grande período de supremacia temporal do papado, acertadamente chamado Idade Escura.
A igreja no tempo de seu testemunho também está no tempo de ser intocável. Nenhum fio de cabelo lhe será arrancado sem a vontade de Deus. Nenhum ser humano abreviará o seu serviço. A novidade que surge aqui é a correlação entre o serviço da igreja mediante a palavra, e os flagelos sobre o mundo. Em (Apocalipse 8: 3 a 5), as orações da igreja estavam por trás dos flagelos.
Os versos 7 a 10 descrevem o aniquilamento das duas testemunhas. Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas. Essa frase conduz ao fim do tempo escatológico. Esse tempo não chegará ao final enquanto o testemunho da igreja ainda não foi anunciado de forma exaustiva. Sob esse aspecto a pregação do evangelho é na realidade aquilo que retém.  
(2° Tessalonicense 2: 6), e os discípulos que testemunham são o sal da terra, de (Mateus 5: 13). Enquanto a igreja estiver atuando, a condição do mundo permanece em suspenso. Tão logo ela tiver consumado sua obra, o mundo passa para o caos. Ele desanda e se decompõe.
No entanto, a proclamação do evangelho é também aquilo que mantém a igreja de pé. Sua existência sobre a terra não tem outro sentido além deste. Tão logo esse serviço estiver concluído, a proteção exterior lhe é retirada (versos 5 a 7), e o tempo da preservação passou.
Nesse contexto a besta exerce um papel de destruição. Somente nos (cap. 13 e 17) João abordará a questão em detalhe. Seus leitores, porém, já o podiam entender independentemente daquelas exposições, pois conviviam com o livro de Daniel, que alude a essa figura em :

7. "Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis
     aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual
     tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e
     pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais
     que apareceram antes dele, e tinha dez chifres".

8. "Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre,
     pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram
     arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de
     homem, e uma boca que falava grandes coisas".
                                                                         (Daniel 7: 7 - 8).

Nesse texto, anteriormente já sobem do mar três bestas contra o mundo humano. Imaginem quem durante a idade média tinha tanto poder, e uma boca que falava grandes coisas. Um animal terrível e espantoso!!! 
O quarto animal era tão diferente dos demais que o profeta não pôde encontrar nada na natureza para descrevê-lo. Você se lembra de qual nação derrotou a Grécia? Claro, Roma. O império romano, por sua vez, foi dividido em 10 partes. 
Note que os dentes de ferro do animal monstruoso equivalem às pernas de ferro da imagem de Daniel 2. 
Os pés da imagem de Daniel 2 possuíam 10 dedos, o quarto animal tinha 10 chifres. Os 10 dedos da imagem correspondem às 10 divisões de Roma, assim como os 10 chifres do quarto animal também representam as nações européias que emergiram do Império Romano. As dez divisões do império romano são identificadas na história como os Germanos, Ostrogodos, Visigodos, Francos, Vândalos, Suevos, Burgúndios, Hérulos, Anglo-saxões e Lombardos.
A novidade do capítulo 7 – A fase final da visão do capítulo 2 é a queda da pedra que destruiu a imagem, estabelecendo o reino de Cristo. No capítulo 7, acontece algo novo. O profeta fala sobre o mesmo tema do capítulo 2, mas acrescenta novos detalhes à visão. No capítulo 7, há uma ênfase aos acontecimentos que ocorrerão em nossos dias, antes da volta de Cristo (a pedra). Um Novo Poder no Cenário Mundial.
Releia acima o verso 8 de Daniel, surge nessa profecia um novo poder. Nos últimos dias da história, surgiria o poder chamado de “Chifre Pequeno” ou “Ponta Pequena”. Se os 10 chifres representam a divisão do império romano, o Chifre Pequeno representa um poder que se levantaria entre esses dez, diante do qual três deles seriam completamente destruídos. Que poder é esse representado pelo Chifre Pequeno?

 Chifre Pequeno

Os três chifres arrancados – A profecia declara que três dos primeiros chifres que surgiram do império romano foram arrancados. As nações exterminadas foram: os Hérulos, os Vândalos e os Ostrogodos. 
A História confirma a profecia – Até este ponto, a História tem seguido fielmente a profecia, como um mapa preciso. Deus falou sobre a Babilônia e Medo-Pérsia, mencionou nominalmente o rei Ciro, descreveu a Grécia, falou sobre Alexandre, o Grande, referiu-Se aos quatro generais da Grécia. Disse que a Grécia também cairia e que Roma governaria o mundo. Revelou as dez divisões do império romano, o que realmente aconteceu no período de 351 a.C até 476 d.C. Então, vamos seguir com a profecia em busca da identificação do Chifre Pequeno, ou o mesmo que dizer Babilônia (Confusão). 
Identificação e características específicas: Quando surgiu esse poder? Poder descrito em Daniel 7: 25.  Leiamos pois a História Universal – Pense nisto: O império romano dividido, ou seja, logo depois de 476 d.C. (verso 24). Emerge dentre as 10 nações européias. Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino.
“Será diferente dos primeiros” (verso 24) – Não importa o que seja, esse chifre não é igual aos outros, que são apenas poderes políticos. A diferença: seria um poder político-religioso. Objetivo: lançar por terra a verdade de Deus (Daniel 8: 12).
“Proferirá palavras contra o Altíssimo” (verso 25) – O que significa? Quer dizer colocar a si mesmo na posição de Deus, usurpar a autoridade de Deus. Esse é o mesmo poder que Paulo antecipou “que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Tessalonicense 2: 4). Você conhece algum poder religioso surgido do império romano que se autodenomine o representante de Deus na Terra?

             “O papa é de tão grande dignidade e tão exaltado, que não é um mero homem, mas é como se fosse Deus e o vicário de Deus.” – “De modo que, se fosse possível que os anjos errassem, ou que pudessem pensar de maneira contrária à fé, eles poderiam ser julgados e excomungados pelo papa.” – “O papa é como se fosse Deus na Terra, único soberano dos fiéis a Cristo, o maior rei dos reis, tendo plenitude de poder.”
            (Lucius Ferraris, em sua Prompta Bibliotheca, vol.VI, pág.26-29.)


             Estou diante de um homem vestido de branco, com uma cruz no peito. Não posso deixar de ver que este homem, que chamam de papa (pai em grego), é em si um mistério, um sinal de contradição. Até mesmo uma provocação, um ‘escândalo’, segundo aquilo que para muitos é o bom senso. Com efeito, diante de um Papa é preciso escolher. O chefe da Igreja Católica é definido pela fé como:

‘Vigário de Jesus Cristo’. Ou seja, é considerado o homem que na Terra representa o Filho de Deus, que ‘faz as vezes’ da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Isto é o que afirma cada papa de si mesmo. E os católicos acreditam nisto e, por isso, o chamam Santidade”.
(João Paulo II, Cruzando o Limiar da Esperança, pág. 27. Observação: Este livro é de autoria de João Paulo II, apenas foi composto através de entrevistas dadas ao jornalista italiano Vittorio Messori.)


             Essas declarações, e muitas outras que poderiam juntar-se a elas, expressam o que cada sumo-pontífice romano fala acerca de si mesmo; é como eles são vistos e como se vêem perante o mundo:

(Nós "papas", ocupamos na Terra o lugar do Deus Todo-Poderoso).
                                                                  (Léo VIII, em 20 de junho de  894.)


Essa quarta besta, porém, constitui o ponto culminante do terror. O N.T. menciona essa última intensificação, como o anticristo.
Como lugar de origem aparece novamente o abismo, cf. o exposto sobre (Apocalipse 9: 1 a 2 e 11). Na leitura, a expressão a besta que surge do abismo não deve ser entendida como se a besta subisse somente perto do final do tempo escatológico, esta Profecia teve data e tempo para seu ínicio, eu pergunto - Quando começou a idade média? Quando terminou a idade média? Com qual evento terminou a idade média? Qual foi o tempo de duração da idade média? Calcule você quantos dias proféticos durou a idade média. Veja se não foi um mil duzentos e sessenta dias (Apocalipse 11: 3). O Apocalipse ensina que o anticristo segue imediatamente ao Cristo: 

18. "Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o
       anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde
       conhecemos que é a última
       hora".

19. "Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se
       fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles
       saíram para que se manifestasse
       que não são dos nossos".

22. "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
                    Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o
                    Filho".
 (I joão 2: 18 - 19 e 22).

2. "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que
     Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

3. e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o
    espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia
    de vir; e agora já está no mundo".
(I João 2: 2 - 3).

7. "Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não
     confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o
     anticristo".
(II João 1: 7).


De forma mais ou menos oculta ele penetra em todo o tempo escatológico, por mil duzentos e sessenta anos, ou 42 semanas proféticas. 
Somente no final dá-se da "PARUSIA", (Teologia, significa a segunda vinda de Jesus Cristo à Terra, conforme textos do Novo Testamento, sobretudo as cartas do apóstolo Paulo, do grego: "Parousia").

7. "Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora
     o detém até que seja posto fora;

8. e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará
    como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua
    vinda;

9. a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo
    o poder e sinais e prodígios de mentira,

10. e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque
      não receberam o amor da verdade para serem salvos".
11. "E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam
       na mentira;

12. para que sejam julgados todos os que não creram na verdade,
      antes tiveram prazer na injustiça".
(2° Tessalonicense 2: 7 a 12).

Então cairá sua máscara, e é exposto aquele que desde o princípio é o assassino, que no Apocalipse repetidamente é vinculado à idéia da guerra, da inquisição contra os santos e que dominou o mundo por mil duzentos e sessenta anos.

8. "A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do
     abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e
     cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação
     do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é,
     e que tornará a vir".
    (Apocalipse 17: 8).

Pelejará contra ela. Enquanto besta ela constitui a figura oposta ao Cordeiro, e enquanto blasfema contra o Cordeiro ela é um inimigo jurado da igreja do Cordeiro, a qual testemunha o seu nome. Entretanto, como esse testemunho era irresistível (verso 5 - 6), as palavras blasfemas são seguidas agora de ações. Repete-se (João 11: 48): Se o deixarmos continuar assim, todos crerão nele. Por isso, chegaram à conclusão: ele tem de morrer! Também no presente caso começa a guerra de extermínio, a fim de aniquilar o testemunho a respeito do Cordeiro.
E as vencerá, e matará. A vitória é explicada claramente como matar. Ela não consiste de uma autêntica superação, mas de aniquilamento físico. Somente o corpo é morto, não a verdadeira vida (Mateus 10: 28). Nem mesmo essa matança fica fora do desígnio de Deus, pois ao anticristo é dado vencer (Apocalipse 6: 2). É por isso que mesmo sobre esse acontecimento o anticristo consegue a paz, e quando proclamarem a Paz, Paz... Virá repentina destruição, por que Paz só podemos obter de Deus, que é mais alta e suprema que todo o entendimento.
Em tempos de guerra os cadáveres são empurrados simplesmente para a rua. Os seus cadáveres são como monturo no meio das ruas:

24. "Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a palha
       se desfaz na chama assim a raiz deles será como podridão, e a
       sua flor se esvaecerá como pó; porque rejeitaram a lei do Senhor
       dos exércitos, e desprezaram a palavra do
       santo de Israel,

25. Por isso se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e o
      Senhor estendeu a sua mão contra ele, e o feriu; e as montanhas
       tremeram, e os seus cadáveres eram como lixo no meio das
       ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas ainda
       está estendida a sua mão.
(Isaias 5: 25).

Contudo nós os vemos cheios de dor e pavor. No atual caso, porém, tudo é intencional e praticado com sarcasmo, como exporá o verso 9. Embora no Apocalipse a expressão grande cidade por nove vezes designe a cidade da Babilônia, Babilônia é símbolo de confusão e aqui está ligada a Babilônia espiritual. Essa é a cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito. Afinal, João estava em espírito (Apocalipse 1: 10) e via tudo espiritualmente e profeticamente. Sodoma e Egito são conceitos antiqüíssimos na proclamação. Já na antiga aliança eles concretizam a natureza do mundo gentílico ao redor. Sodoma representa os tentadores vícios do mundo e, por princípio, a sedução para longe de Deus em direção dos ídolos da igreja, ou seja, a ―prostituição religiosa e moral. ―Como se fez prostituta a Babilônia fiel! lamentava-se:

21. "Como se fez prostituta a cidade fiel! ela que estava cheia de
        retidão! A justiça habitava nela, mas agora homicidas".
       (Isaias 1: 21).

O Egito foi a casa da escravidão de Israel e representa o poder de opressão, que escraviza pela violência, paralisa, maltrata, dizima, amedronta e persegue os santos, até a morte. Ambos os elementos, sedução e opressão, unificaram-se mais tarde na grande Babilônia, e ambos foram também praticados contra os cristãos na idade escura. 
Então… os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres. Não são alguns ou muitos da população mundial que vêem seus cadáveres, mas precisamente a população mundial como um todo. Por meio de uma descrição quádrupla é delineada a esfera pública mundial, na praça da Babilônia (verso 8). Foi a esfera pública mundial que ouviu o testemunho, que decaiu para aderir à besta

6. "E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu
     nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu".

7. "Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e
     deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação".

8. "E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos
     nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde
     a fundação do mundo".
(Apocalipse 13: 6 a 8),

Que acompanhou a guerra da besta, para contemplar agora de maneira triunfante os cadáveres das testemunhas. Os povos se regozijam ao contemplar os adversários derrotados, não podendo fartar-se de olhar para eles. Por isso os cadáveres precisam permanecer insepultos, como a desonra máxima que a Antigüidade conhecia. E não permitem que esses cadáveres sejam sepultados. Expulsar alguém das fileiras dos vivos e depois não sepultá-lo junto dos mortos, mas deixá-lo largado na sarjeta para ser comido por cães e abutres, significava destruí-lo integralmente e tirar-lhe qualquer chance de futuro.
O acréscimo do aniquilamento moral além da destruição física encontra-se também na paixão de Jesus: o Filho do Homem não teve somente de sofrer, mas também de ser desprezado (Marcos 8: 31); (Marcos 9: 12). ELE não apenas morreu, mas morreu também a morte vergonhosa na cruz. Se apesar disso não ficou insepulto, mas obteve um enterro honroso, podemos ver nisso um dos sinais muito significativos de Deus. Três dias e meio dura esta exposição pública. Os três dias e meio são concentração máxima e adensamento mais escuro. Entretanto, adensa-se neles também o testemunho cristão, porque essas testemunhas mortas ainda testemunham

3. "Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de
     Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê".

4. "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim,
     pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus
     testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto,
     ainda fala".

5. "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi
     achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação
     alcançou testemunho de que agradara a Deus".

6. "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que
     aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
     galardoador dos que o buscam'.
      (Hebreus 11: 3 a 6),

Sobretudo agora, ao se igualarem ao aspecto da morte de Jesus (v. 8). Com seu sangue testificam que o Crucificado é um Senhor tão poderoso que ele possui os seres humanos que lhe são fiéis até a morte em todas as praças do mundo, tem sete mil que não dobram os joelhos a Baal (Babilônia espiritual).
Há uma noite em que, por parte dos discípulos, ninguém pode agir:

4. "Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto
     é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar".
 (João 9: 4).

Silencia a pregação regular do evangelho e a lei da ação passa integralmente para o lado oposto. As trevas avançam. Nada é capaz de furtar-se ao seu ritmo retumbante. Nessa situação vigora o que diz:


4. "Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto
     é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar".
     (Apocalipse 13: 4 a 8).


Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?… Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra. Não obstante, aqueles cadáveres jazem nas praças como prova de um Senhor ainda mais poderoso, de maneira que a besta de fato pode exercer um poder apenas fragmentado e na verdade é capaz de forçar todas as pessoas a se ajoelharem diante dela, muitos foram chamados, poucos são os escolhidos, e lá no altar só estava Elias orando a JEOVÁ, mas em Israel havia sete mil que não dobrarão os joelhos diante de Baal. É por isso que as testemunhas não somente possuem autoridade extraordinária durante sua vida (verso 5 - 6), mas também ainda quando morrem. Como ocorreu com seu Senhor, a morte delas não é um ponto final sem cor nem dor, mas precisamente um ponto culminante: Está consumado! Eles foram vitoriosos sobre o próprio Satanás, porque não amaram sua vida em face da morte (Apocalipse 12: 11).
Para os que vivem fora da esfera de irrupção das trevas derradeiras, vale (João 12: 35 - 36). Será que dormem e sonham na luz, ao invés de se levantarem do sono? Quando sobrevierem as trevas, ninguém poderá levantar-se. Aqueles três dias e meio não são tempo apropriado para o arrependimento e a renovação. Isso terá de acontecer antes. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz.
O verso 10, que descreve a festa prematura da vitória, começa e termina com a menção dos que habitam sobre a terra. De modo enfático, os acontecimentos se desenrolam em escala mundial. 
Por terem se livrado desses importunos, as pessoas se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes umas às outras. Quanto ao costume dos presentes de festa, (Neemias 8: 10 a 12). Partes do assado da festa eram enviados às pessoas como sinal de concórdia. Em decorrência, todos celebram a paz entre si e se abraçam por sobre os cadáveres das testemunhas. A posição anticristã é o meio de unificação do ecumenismo percorreu todas as regiões do mundo.
Festejos extraordinários desencadeiam-se sobre os lábios cerrados das testemunhas mortas. Com eles silenciou a boca de Deus, e o mundo finalmente está livre para exercer sua própria vontade. Pode fazer e deixar de fazer o que quer, e seguir sua própria sabedoria (ou tolice) e viver (ou morrer) por força própria. Esse júbilo, porém, é precipitado. Subitamente ele pára e é convertido em choro.
Depois dos três dias e meio este ponto culminante do poder anticristão já passou. E ele de fato representa apenas um pequeno tempo (Apocalipse 6: 11), por mais demorado e definitivo que possa parecer para as pessoas que o estão suportando. O terceiro ai, e com ele a irrupção total da glória de Deus, chegam rapidamente (Apocalipse 11: 14).
Espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés. Essa formulação aparece quase literalmente no grande capítulo da ressurreição do A.T., em (Ezequiel 37: 10). Nos versículos anteriores apresenta-se um campo de cadáveres. Insepultos, os ossos já estão atirados há mais tempo, esqueletos nus, sem pele, carne nem tendões, alvejados e ressequidos pelo calor do dia. O profeta caminha entre essa montanha de ossos. Será que esses esqueletos voltarão a ter vida?
E àqueles que os viram sobreveio grande medo. O fato de que agora ocorre duas vezes eles viram (versos 11 e 12) em lugar do contemplaram no verso 9 pode ser mais que uma troca arbitrária de vocábulo. No primeiro caso eles viram sem compreender o que viam. Não reconheciam, à vista dos cadáveres. Concluíram equivocadamente: as testemunhas estão mortas, logo Cristo está morto, e logo Deus está morto, e nós estamos à vontade. Agora, vendo as testemunhas vivas, penetra neles o entendimento correto: Cristo vive, Deus vive, todas as suas palavras estão vivas, e nós estamos perdidos. Por isso o medo gigantesco, um exato paralelo com, Apocalipse 6:


16. "e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-
       nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira
       do Cordeiro;

17. porque é vindo o grande dia da ira deles; e quem poderá
     subsistir?"
                                                                            (Apocalipse 6: 16 - 17).

Além dos olhos também são exigidos seus ouvidos. E eles (os habitantes da terra) ouviram uma grande voz do céu, que falou a eles. A circunstância de que os apavorados habitantes da terra foram capazes de ouvir essa voz resulta da ligação com o versículo precedente. Os habitantes da terra são o sujeito citado por último. É a eles que se refere agora o ouviram. Por outro lado, do conteúdo do versículo seguinte conclui-se que a grande voz os interpelou. O mundo inteiro escuta as palavras:
Subi para aqui! São palavras muito semelhantes a (Apocalipse 4: 1). Lá, no entanto, trata-se de uma subida profética, aqui, de uma subida messiânica (Atos 2: 34); (João 6: 62); (João 20: 17); (Efésios 4: 8 a 10). A igreja do Messias sobe como seu Senhor. Assim como ela experimentou anteriormente a comunhão de seus sofrimentos (verso  8), assim experimenta agora o poder de sua ressurreição.
E subiram ao céu numa nuvem. Não é uma, mas a nuvem, a vestimenta gloriosa de (Apocalipse 1: 7). Tecnicamente ela não é necessária, como tampouco em (Apocalipse 1:7) ou (Apocalipse 10: 1), contudo certamente é necessária para o olhar dos que observam. A nuvem demonstra diante deles a sublimidade daquele a quem envolve. O arrebatado foi esplendidamente justificado e todo olho vê os Justo subirem inclusive os que estavam mortos que nesta altura já ressuscitaram. Termina toda a percepção equivocada. Os acusados (verso 10) são transformados em terror dos acusadores.
E os seus inimigos as contemplaram. Não está ocorrendo um arrebatamento secreto e imperceptível, mas pelo contrário: o acontecimento se realiza enfaticamente para espectadores. Um mundo hostil e refutado até as bases está olhando, olhando. A presente passagem e a de:

7. "Eis que vem com as nuvens, E TODO OLHO VERÁ, ATÉ MESMO
      AQUELES QUE O TRANSPASSARAM; e todas as tribos da terra
     se lamentarão sobre ele. Sim. Amém".
                                                                          (Apocalipse 1: 7).

Estão estruturadas de modo tão homogêneo que elas precisam ser vistas lado a lado. Na PARUSIA, o mundo contempla duas coisas numa só: a vinda do Crucificado (Apocalipse 1: 7) e a subida da igreja dos salvos para serem acolhidos (Apocalipse 11: 12). Essa aproximação recíproca acontece na mesma nuvem gloriosa. Objetivamente o presente versículo coincide com 1° Tessalonicense 4:

13. "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos
       que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros
       que não têm esperança".

14. "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também
       aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer
       juntamente com ele".

15. "Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que
       ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum
       precederemos os que já dormem".

16. "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à
       voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram
       em Cristo ressuscitarão primeiro.

17. "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados
        juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos
        ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor".

18. "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras".
                                                       (1° Tessalonicense 4: 16 - 17).

Lá o mesmo evento recebe a designação de arrebatamento para o encontro com o Senhor. Cumpre gravar bem essa expressão plena. Em primeiro lugar, está pressuposta igualmente a descida do Senhor (verso 16). Depois acontece o acolhimento por parte dele, assim como a Antigüidade o conhecia em visitas de celebridades políticas: no contexto das cerimônias festivas oficiais, seus fiéis servos partem para o lado de fora dos portões da cidade, para saudá-lo ali e retornar a seu lado. Em consonância, o arrebatamento visível a todo olho da igreja e por certo que não será secreto tem de ser conjugado com um acolhimento desse tipo. Em lugar algum o N.T. atesta um arrebatamento invisível sem essa acolhida, no qual os arrebatados desapareceriam secretamente e seu Senhor deixaria o mundo entregue ao seu próprio curso.
             CARPEMA

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