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domingo, 24 de outubro de 2010

ANÁLISE DO POR QUE NOS PREPARAR...




ANÁLISE DO POR QUE NOS PREPARAR...

"Portanto assim te farei, ó Israel, e porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus".                  
Amós 4: 12.

A FILOLOGIA DAS PALAVRAS:
 
ENCONTRAR: essa raiz denota um encontro planejado, achar = quem ou o que se procura = (td.: Procurou a sua esposa até encontrá-la.) em que o sujeito intencionalmente confronta o objeto. "ter encontro previamente marcado"
(encontra um cognato de sentido próximo).



Essa palavra pode designar encontros amistosos, tais como o de uma mãe que sai apressadamente ao encontro de um filho, como também pode estar saindo para encontrar-se com seu esposo a fim de dizer-lhe que o ama.

Também pode ter o sentido que demonstra ou exprime oposição, rejeição; adverso; avesso; contrário: Tornou-se hostil à religião e fugiu de todas as igrejas (Antônimo.: favorável, simpatizante.) hostil o verbo designa um confronto formal de inimigos. Essa conotação que pode conotar hostilidade é especialmente útil para ajudar a enriquecer Amós 4:12, "Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus".
PREPARAR: Aprontar (algo) para que possa ser utilizado.(td.: O autor está preparando a vinda de seu Senhor; tal como preparar a terra na chuva serôdia em seu plantio para ser colhida na chuva temporã; A mesa da ceia com o Seu Senhor está sendo preparada fora preparada intencionalmente), todavia, de qualquer maneira fica claro que um grupo significativo de ocorrências deve ser traduzido como "PREPARAR". Tendo em vista algo futuro, onde certas coisas são arrumadas, preparação para o vestibular, preparar para os exames da OAB, são de várias formas em que usa a palavra com essa Idéia ou sentimento que uma palavra ou coisa pode sugerir; significado suplementar que se atribui a uma palavra, expressão ou objeto, por se estabelecer algum tipo de associação com outras palavras, objetos e seres, ou neste contexto como: "Prepara-Te", além daqueles presentes ou referidos diretamente. Amós 4.12 indica que Deus é quem te defende nas batalhas contra satanás, e você deve se "Prepara-se" da melhor maneira que puderem.
 
ANÁLISE LITERÁRIA

Alguns oráculos de Amós e de Oséias foram escritos nesta mesma época. Provavelmente por volta de 750 foi escrita também a história sagrada do norte, a qual nós denominamos "tradição eloista".depois começaram a se formar conjuntos de leis que adaptavam a legislação antiga à nova situação social. Muito influenciadas pela mensagem dos profetas, estas coleções vieram a formar o núcleo do Deuteronômio.
 
ANÁLISE GRAMATICAL

PORTANTO:
conjunção coordenativa explicativa.

ASSIM:
advérbio de afirmação.

TE:
pronome pessoal do caso obliquo.

FAREI,:
verbo fazer da segunda conjugação, primeira pessoal do singular Do ind.

Ó:
interjeição de aclamação.

ISRAEL,:
substantivo próprio de lugar.

E:
conjunção coordenativa aditiva.

PORQUE:
conjunção subordinativa causal.

ISSO:
pronome demonstrativo ( substantivado).

TE:
pronome pessoal do caso obliquo

FAREI,:
verbo fazer da segunda conjugação, primeira pessoal do singular Do ind.

Ó:
interjeição de aclamação.

ISRAEL,:
substantivo próprio de lugar.

PREPARA-TE,:
verbo preparar da primeira conjugação, de forma imperativa , enclítica.

PARA:
preposição essencial.

TE:
pronome pessoal do caso obliquo

ENCONTRARES:
verbo encontrar da primeira conjugação, segunda preposição, singular Futuro Subjuntivo.

COM
:
preposição essencial.

TEU:
pronome demonstrativo ( adjetivando).

D'US:
substantivo próprio de pessoa.

 ANÁLISE HISTÓRICA:

Amós, um dos chamados profetas "menores" que foi senão o um dos maiores. Sua História de vida se deu durante os dias do rei Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel. Foi Yahweh, que lhe deu a mensagem, é visto como o Criador e Soberano de toda a natureza, bem como o Justo Juiz da história, na qual intervém assim j como faz em relação à vida humana. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também, e principalmente, o povo escolhido; este já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (Amós 1:3); (Amós 2:16). Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social, ele denunciava especificamente. Acerca de 786—746 A.C.. Isso expõe um ponto de vista teísta, e não deísta, de D-us. O teísmo ensina que D'US não somente criou, mas também está interessado e intervém em Sua criação, recompensando ou punindo. Por sua vez, o deísmo ensina que o criador, ou alguma força cósmica que deu origem às coisas, abandonou a criação ao controle das leis naturais.
Amós pertencia à classe pobre dos aldeões onde sabia que os pobres eram oprimidos e os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres tornavam-se cada vez mais empobrecidos tal como nos nossos dias. Os pequenos agricultorores devido as pressões eram obrigados a vender suas pequenas propriedades pois o poder maior os dilapidavam. Para Amós não havia justiça na terra. Os que emprestavam dinheiro tomavam as roupas para servirem de garantia pela divida. Os Juízes recebiam subornos onde a injustiça significava vitória e a verdade derrota. O homem honesto perdia o direito de ir aos tribunais e até mesmo o direito sobrevida. Ou seja, a injustiça campeava. Amós era um camponês de Tecôa.(cerca de dez quilômetro de Jerusalém) onde exerceu seu período profético durante o reinado dos reis Ozias e Jeroboão. O seu ministério se formalizou  no apogeu do crescimento e do poder de Israel. Uzias, de Judá, e Jeroboão II, de Israel (ambos reinaram no mesmo período), desfrutaram de paz e prosperidade. Os inimigos militares estavam quietos ou haviam sido esmagados. A Assíria ha­via derrotado a Síria, permitindo que Jeroboão ll ampliasse suas fronteiras, Este rei foi, segundo os relatos bíblicos, uma grande figura militar. Levou as fronteiras de seu país ao extremo norte da região e, certamente, tomou Damasco e submeteu a Síria ao seu poder, incluindo as regiões disputadas da Transjordânia, chegando, no sul, até Moabe. O seu contemporâneo Ozias, rei de Judá - agora em paz com Israel -, participou plenamente deste programa de conquistas na região. Somadas as conquistas, os dois reinos irmãos chegaram bem perto da extensão do reino salomônico como descrito na Bíblia. E com a expansão veio de braço dado a prosperidade. O controle das rotas comerciais desde a Fenícia até a Arábia foi fundamental para o desenvolvimento dos dois reinos. Em Samaria, os arqueólogos encontraram as provas da riqueza de Israel nos esplêndidos edifícios então construídos. E em Judá a densidade populacional do Neguebe foi sem precedentes.
"Ora, sucedeu que, no quinto ano do rei Roboão, Sisaque, rei do Egito, subiu contra Jerusalém, e tomou os tesouros da casa de Senhor e os tesouros da casa do rei; levou tudo. Também tomou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito".
(1° Reis 14: 25 -26).

Amós passava a maior parte do seu tempo como pastor e "cultivador de sicômoros".

1) "As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecôa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto".
(Amós 1: 1)

Nos diz que ele era pastor. 
14) "E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros".
(Amós 7: 14)

Nos informa que Amós era vaqueiro e cultivador de sicômoros. Sicômoro (Ficus Sycomorus, em hebraico: schiqmah) é uma árvore da família da figueira. O seu fruto, comestível, se parece com o figo. As frutas devem ser arranhadas com a unha ou com um objeto de metal antes de amadurecerem para que fiquem doces. Talvez fosse esse o serviço de Amós. Somadas as informações, parece que Amós dedicava-se a três atividades: ele era vaqueiro, pastor (de rebanho miúdo) e cultivador de sicômoros. Não se sabe se as três ao mesmo tempo, ou se fora apenas pastor em Tecôa e agora em Betel era vaqueiro e cultivador de sicômoros. E há ainda uma discussão não resolvida entre os especialistas sobre a posição socioeconômica de Amós: seria ele um pequeno proprietário, dono dos rebanhos de ovelhas e vacas que pastoreava, ou era apenas um assalariado? Uma solução definitiva não é possível. Amós foi advertido por Amasias que deveria ganhar o seu sustento em Judá (aceitando um salário como os profetas profissionais), Amós respondeu que ele não era um nabi (MESTRE) daquele gênero, nem era tampouco um dos "filhos dos profetas": recebera uma vocação especial.
(Amós 7: 14) se diz que, ao ser acusado pelo sacerdote Amasias, Amós recusa o título de profeta. Não se sabe o significado exato desta recusa e nem a correta tradução do texto hebraico, que não exige aqui o uso do verbo "ser". Amós teria dito: "Não sou um profeta, nem filho de profeta": isto porque ele não aceita ser assimilado aos profetas profissionais da corte e do templo, sendo que "filho de profeta" é uma expressão semítica para dizer "pertencente a uma corporação profética". Ou Amós teria dito: "Não era profeta, nem filho de profeta": isto porque ele estaria dizendo que, antes, em Tecôa, não era profeta, mas que agora o é. Particularmente, considero mais razoável a primeira tradução. De qualquer maneira, Amós deixa claro que, se está em Betel, é porque foi convocado por Iahweh, não é em interesse próprio nem mandado por alguém de Judá: 
           14) "Eu sou um vaqueiro e um cultivador de sicômoros".
15) "Mas Iahweh tirou-me de junto do rebanho e Iahweh me disse:'Vai, profetiza a meu povo, Israel."
(Amós 7: 14 e 15).

Também em:

3) "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?"

4) "Bramirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Fará ouvir a sua voz o leão novo no seu covil, se nada tiver apanhado?"

5) "Cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha para ela? levantar-se-á da terra o laço, sem que tenha apanhado alguma coisa?"

6) "Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?"

7) "Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas".
(Amós 3: 3 a 7)

Amós fala da necessidade da profecia: se Iahweh convoca alguém, não há como escapar. O texto termina assim:

8) "Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?"
(Amós 3: 8)

A sua mensagem era direta contra as injustiças sociais, e se tornou em um grande defensor da justiça.

ANÁLISE GEOGRÁFICA:

Jerusalém estava situada entre colinas, perto do deserto de Judá. O terreno pedregoso produzia alguns cereais e permitia a cultura da vinha e da oliveira e a criação de carneiros. O reino não tinha acesso ao mar, barrado pelos filisteus, que ocupavam a planície da chefelá, e por isso se voltava para o vale do Jordão e o mar morto.

ANÁLISE ECONÔMICA:
Sucedeu que a prosperidade material, como é usual, provocou  suas corrupções sociais e religiosas. A vida fácil estava debilitando moralmente o povo (Amós 2: 6 a 8; Amós 5: 11 a 12). Amós sentiu ser necessário denunciar a vida de luxo, a idolatria e a depravação moral dó povo, advertindo sobre julgamento e cativeiro final. A adoração dos cananeus foi incorporada ao culto de Israel, e a arqueologia tem demonstrado que a religião cananéia contemporânea do profeta era a mais corrupta que havia no Oriente Próximo. A prostituição ritual fazia parte desse culto.
Quando lemos o livro do profeta Amós, observamos a descrição das casas de Samaria, de paredes de ébano e marfim para se ter uma idéia da prosperidade do país. Mas também da injustiça social que dela decorria. As escavações efetuadas em Tersa, a primeira capital, mostram um conjunto de casas bem construídas, separadas, por um muro, de uma ilhota de casebres, verdadeira favela, na realidade a situação daquela época era boa para alguns e ruim para outras, o dinheiro estava concentrado nas mãos dos poderosos das autoridades da época, foi por isso que Amós foi levantado por Deus para combater as injustiças que haviam na época.
A arqueologia tem trazido a lume evidências da extensão da prosperidade comercial nessa época, em Samaria, riquezas que se espalhavam para outras partes de Israel. As ostracas samaritanas, atribuídas ao reinado de Jeroboão II, sessenta e três casos inscritos à tinta, recuperados em 1910, encontrados pela expedição Harvard à Samaria, em ruínas a oeste do local do palácio real, contêm detalhes sobre comércio, impostos e itens luxuosos, e sobre o vinho e o azeite. O selo de jaspe de Sema, servo de Jeroboão, descoberto em Megido, em 1904, ilustra as realizações artísticas do povo daquela época. Seus leitos eram decorados com engastes de mármores, com representações de lírios, veados, leões, esfinges e figuras humanas aladas. Foi um período de vida ociosa, riqueza, arte e lassidão moral. Em outras palavras, Israel se tornara uma nação doente, como suce­de à maioria das sociedades abastadas. A opressão contra os pobres era intensa.
 Os famintos permaneciam à míngua:

7) "Pisam a cabeça dos pobres no pó da terra, pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai entram à mesma moça, assim profanando o meu santo nome".
(Amós 2:7)

A justiça se vendia a quem subornasse mais:

3) "ó vós que afastais o dia mau e fazeis que se aproxime o assento da violência".4) "Ai dos que dormem em camas de marfim, e se estendem sobre os seus leitos, e comem os cordeiros tirados do rebanho, e os bezerros do meio do curral;"
Amós 6: 3 a 4)

6) "Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque vendem o justo por dinheiro, e o necessitado por um par de sapatos".
(Amós 2: 6)

Os agiotas exploravam suas vítimas:

6) "para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo?"
(Amós 8: 6) 

11) "Portanto, visto que pisais o pobre, e dele exigis tributo de trigo, embora tenhais edificado casas de pedras lavradas, não habitareis nelas; e embora tenhais plantado vinhas desejáveis, não bebereis do seu vinho".
 
12) "Pois sei que são muitas as vossas transgressões, e graves os vossos pecados; afligis o justo, aceitais peitas, e na porta negais o direito aos necessitados".
(Amós 5: 11 -12)

Que nada. Se olhada menos superficialmente, a situação de Israel não era tão brilhante assim para toda a população. O sistema administrativo adotado por Jeroboão provocou a concentração da renda nas mãos de poucos privilegiados com o conseqüente empobrecimento da maioria da população. Os pequenos agricultores ficavam tão  endividados que chegavam à escravidão para pagar suas dívidas. Os tribunais, que teoricamente deveriam defendê-los da exploração dos mais poderosos, bem pagos por quem podia, decidiam sempre a favor dos ricos.
4) "Ouvi isto, vós que pisais os necessitados, e destruís os miseráveis da terra,

5) dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão? e o sábado, para expormos o trigo, diminuindo a medida, e aumentando o preço, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras,

6) para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo?"
(Amós 8: 4 a 6)

A religião não era negligenciada, mas havia sido pervertida:

4) Bramirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Fará ouvir a sua voz o leão novo no seu covil, se nada tiver apanhado?"
(Amós 3: 4)

4) "Vinde a Betel, e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e de três em três dias os vossos dízimos".
(Amós 4: 4)

9) Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão".
(Amós 7: 9)

O julgamento divino era iminente.

ANÁLISE RELIGIOSA:
No que dizia respeito à religião, os santuários de Betel e de Gilgal, estavam apinhados de adoradores. A adoração a Baal havia sido suprimida por Jeú, o sucessor de Acabe, mas o espírito, e a forma havia permanecido nos santuários autorizados. Ali o opressor do pobre, o rico regalarva-se em seus luxos, adorava com uma consciência embotada ou morta. Israel se comunicava com os cananeus que viviam em seu território e com os príncipes de Tiro, que atraía o povo que eram voltados para agricultura, centrava no culto das forças da natureza divinizadas (Baals e Astartes) as quais segundo se pensava, davam a fecundidade ao solo, aos rebanhos e aos humanos. E Israel foi tentado a se garantir dos dois lados ao mesmo tempo, adorar o Senhor e a prestar culto aos Baals.

 Para impedir que seu povo fosse ao templo de Jerusalém, Jeroboão tinha erigido duas estátuas de touro (dois bezerros, zombavam os profetas). Estes touros deviam, sem dúvida, servir de pedestal ao Senhor, o verdadeiro Deus, oferecendo-lhe um lugar para que ele se tornasse presente como na arca da aliança em Jerusalém. Mas, sendo o touro o símbolo de Baal, o perigo de idolatria era grande. Moralmente, a nação estava corrompida, tanto interna quanto externamente. A aristocracia era rica, porém perversa. Profetas e sacerdotes viviam a serviço dos seus próprios interesses. Injustiça social era o que havia. Os poderosos tinham sempre razão. No início do Velho Testamento, a importância redentora da cidade estava na própria Jerusalém como modelo de sociedade urbana:“a alegria de toda a terra” (Salmos. 48:2), demonstrando ao mundo o que pode ser a vida humana sob seu senhorio. Muito já se falou sobre fluxo “centripetal” de missões durante essa era. Deus chamou as nações para crer N’ELE, aproximando-as para ver Sua glória incorporada em Israel, a nação santa que ELE tinha criado, cuja vida corporativa mostrava ao mundo o caráter de Deus (Deuteronômio 4: 5 a 8).  Usurpavam os pobres e viviam na suntuosidade e no vício. Em tudo a nação era pagã, com exceção do nome. Amós atribuiu essa corrupção ao rei e ao sumo sacerdote. Por esse motivo, declarou ele, ambas as casas de Jeroboão II e Amazias, o sacerdote, seriam destruídas pela espada.
Suas profecias foram proferidas em Betel, e foram proferidas contra o sistema político de  Jeroboão ll, daí surge a pergunta, Amós ficou muito tempo em Betel?
Não. Talvez alguns meses ou, mais provavelmente, alguns dias apenas. É que:

10) "Então Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti no meio da casa de Israel; a terra não poderá suportar todas as suas palavras".

11) "Pois assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra".

12) "Depois Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza;

13) mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais, porque é o santuário do rei, e é templo do reino".

14) "E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros".

15) "Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai, profetiza ao meu povo Israel".

16) "Agora, pois, ouve a palavra do Senhor: Tu dizes: Não profetizes contra Israel, nem fales contra a casa de Isaque".

17) "Portanto assim diz o Senhor: Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel; e tu morrerás numa terra imunda, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra".
(Amós 7: 10 a 17)

Narra o episódio da expulsão de Amós do santuário de Betel pelo sacerdote chefe Amasias que o acusou de conspirar contra o rei e seu santuário. Amós andaria dizendo que Jeroboão morreria pela espada e que Israel seria deportado para longe. O texto, em prosa, deve ter sido escrito por discípulos do profeta, considerando, inclusive o fato consumado do exílio de Israel provocado pela Assíria em 722 a.C. O que fez Amós após a expulsão de Betel é desconhecido. E tem gente que pensa ter Amós passado por Samaria antes de ir a Betel. Outra coisa interessante é que o próprio Amasias, mesmo denunciando Amós ao rei, reconhece no homem de Tecôa um profeta e um vidente, como aparece em Amós 7:12-13. Sabe, portanto, que suas duras palavras são palavras de Iahweh. Só que não pode aceitá-las no santuário real, porque são contra os interesses do governo de Jeroboão II. Pelo menos esta é a versão que nos deixaram seus simpatizantes e seguidores.

ANÁLISE POLÍTICA:
O sistema de realeza instaurado por Davi e Salomão foi mantido pelo reino do norte, depois da separação, mas com a diferença de que seus reis não eram descendentes legítimos de Davi: oito deles, dentre dezenove, morreram assassinados, e as dinastias SE SUCEDIAM. Não sendo filho de Davi, o rei não podia ser filho de Deus. "Eles instituíram reis sem o meu consentimento". Queixou-se Deus. O rei não era, pois, como em Judá, a garantia da unidade do povo e seu representante diante de Deus; este papel era desempenhado pelo profeta, muitas vezes em oposição aos reis.
Estes não foram nem melhores nem piores do que os de Judá; alguns foram até grandes reis.

Nacionalmente, os reinos de Israel e Judá tinham lutado entre si com violência. Sob o reinado de Jeoás, quase trinta anos antes, Israel quase destruiu Jerusalém, cujo rei era Amazias, sendo este levado cativo, os dois reinos não entraram em guerra e conheceram um período de grande prosperidade e expansão. Israel ocupou Damasco ao norte, e submeteu a Síria ao seu poder, e enriquecia, entretanto, o sistema administrativo adotado por Jeroboão II provocou a concentração da renda nas mãos de poucos privilegiados com o conseqüente empobrecimento da maioria da população. Os pequenos agricultores ficavam tão endividados que chegavam à escravidão para pagar suas dívidas. depois de ter sido dominado por  Damasco. Jeroboão II colocou sob tributo a maioria das nações circunvizinhas. 
O reinado de Jeroboão II , era uma época aparentemente gloriosa para o Reino de Israel  que ampliava seus domínios (2° Reis 14: 25; 2° Reis 6:1 a 3). 
Os tribunais, que teoricamente deveriam defendê-los da exploração dos mais poderosos, bem pagos por quem podia, decidiam sempre a favor dos ricos.

Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Amós denunciava essa situação com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típicas de um homem do campo.
Foi um período conhecido como "idade de ouro" para ambos os reinos, que viviam à vontade em Sião. A idéia de julgamento ou colapso nacional estava longe do pensamento de todos. Ninguém suspeitava que, dentro de dez anos, desordens políticas e assassínios estremeceriam o país, arremessando-o de encontro à  destruição.
Internacionalmente, Israel se viu bastante envolvido pela política de seu tempo. O Egito estava decadente, e a Assíria, poderosa, fez várias incursões em Canaã submetendo a Síria, deixando assim espaço livre para Jeroboão.

Quais são os sete crimes de Israel?
Os crimes de Israel são os seguintes:
1. "vendem o justo (tsaddîq) por prata": desprezo ao devedor
2. "o indigente ('ebyôn) por um par de sandálias": escravização por dívidas ridículas".
3. "esmagam sobre o pó da terra a cabeça dos fracos (dallîm)": humilhação/opressão dos pobres'".
4. "tornam torto o caminho dos pobres ('anawim)": desprezo pelos humildes".
5. "um homem e seu filho vão à mesma jovem": opressão dos fracos (das empregadas/escravas)".
6. "se estendem sobre vestes penhoradas, ao lado de qualquer altar": falta de misericórdia nos empréstimos".
7. "bebem vinho daqueles que estão sujeitos a multas, na casa de seu deus": mau uso dos impostos (ou multas)".
Amós, com os termos tsaddîq (justo), 'ebyôn (indigente), dal (fraco) e 'anaw (pobre), designa as principais vítimas da opressão na sua época. Sob estes termos Amós aponta o pequeno camponês, pobre, com o mínimo para sobreviver e que corre sério risco de perder casa, terra e liberdade com a política expansionista de Jeroboão II. É em sua defesa que Amós vai profetizar. É bom lembrar que a interpretação destes versículos é problemática, existindo várias possibilidades de tradução e de leitura dos problemas apresentados.
ANÁLISE SIMBÓLICA: 
Amós foi o primeiro profeta a empregar visões simbólicas nas declarações proféticas. O poder das visões simbólicas de Amós pode ser ilustrado por sua primeira visão. Ele declara que o Senhor rugiria sobre Sião e Jerusalém, e toda terra, desde os pastos de Tecôa até o cume do monte Carmelo no norte, estremeceria e se lamentaria. O símbolo do rugido do Senhor, como um leão ruge por uma presa. Cada símbolo, apresentado de maneira notável, é suficiente para que qualquer pessoa entenda e fique atemorizada. Esta análise de Amós a Israel é mais ampla ou está só aqui?
Esta análise com certeza  é mais ampla e a mais simbólica. Amós fala de castigo de ponta a ponta. Para ele o fim de Israel é apenas uma questão de tempo. Um ataque inimigo punirá a nação. Isto porque Israel comete crimes, sendo quatro os principais: o luxo em que vivem os abastados (Am 6,4-6), a injustiça dos ricos contra os pobres (Am 5,11-12), o falso culto a Iahweh e a falsa segurança religiosa (Am 5,21-24). 

Análise Estratégica do contexto:

"Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com teu Deus."
(Amós 4: 12)

Foi a mensagem clara e franca de Amós. No resplendor da paz e prosperidade de Israel, ele anunciou um julgamento prestes a vir. Sua mensagem foi quase implacável ao enfatizar a condenação divina. Portanto, assim te farei, ó Israel! Todas as aflições que acabam de ser descritas em: "Pois eis que o Senhor ordena, e a casa grande será despedaçada, e a casa pequena reduzida a fragmentos".  (Amós 6: 11). Tinham por propósito obter a atenção dos réprobos israelitas. Sofrendo tais aflições, Israel seria forçado a encontrar-se com seu Deus como Juiz e Castigador. Algo mais terrível ainda estava sendo guardado para aqueles pecadores: o ataque dos assírios e o subsequente cativeiro e, diante dessa inva­são, os israelitas não seriam arrancados da fogueira, mas nela seriam totalmente consumidos. Visto que os israelitas se recusaram a voltar-se para Yahweh, em arrependimento, teriam de defrontar-se com Elohim, o Poder Todo-poderoso, que usaria Seu poder para julgar:

11) "Portanto, o Senhor Deus diz assim: um inimigo cercará a tua terra; derrubará a tua fortaleza, e os teus palácios serão saqueados".

12) "Assim diz o Senhor: Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas, ou um pedacinho da orelha, assim serão livrados os filhos de Israel que habitam em Samaria, junto com um canto do leito e um pedaço da cama".

13) "Ouvi, e protestai contra a casa de Jacó, diz o Senhor Deus, o Deus dos exércitos:

14) "Pois no dia em que eu punir as transgressões de Israel, também castigarei os altares de Betel; e as pontas do altar serão cortadas, e cairão por terra".

15) "Derribarei a casa de inverno juntamente com a casa de verão; as casas de marfim perecerão, e as grandes casas terão fim, diz o Senhor".
(Amós 3: 11 a 15).

Que prevê e descreve o ataque dos assírios. As catástrofes preliminares não realizariam seu propósito. O ataque final simples­mente encerraria o livro sobre a nação de Israel, a qual não se levantaria mais.

Embora oferecesse misericórdia aos que reagissem favoravelmente, o profeta declarou que a nação em si já não tinha perdão e o julgamento era algo inevitável. Esse aviso e a intimação de Deus não foram entregues por um profeta local. Sem aviso prévio, apareceu na cidadela religiosa de Israel a fim de despertar os líderes. Sua mensagem foi penetrante e clara: Deus os chamava para prestação de contas e o dia do juízo estava estabelecido. O leão destruidor já rugia. Trazendo para nossa realidade o que o texto quer nos dizer é que Deus continua dando oportunidade ao homem. Prepara-te... Esse texto é uma advertência para que nós os homens possamos nos livrar do grande dia do Senhor, o dia do julgamento e Cristo simboliza a contribuição Messiânica para livrar os homens desse julgamento e a restauração de Israel material e espiritual.
Naquele dia o Senhor (Messias) restaurará Israel do cativeiro, reconstruirá para sempre as cidades e fará um plantio, a fim de gozar da colheita. Todo o texto foi escrito com a ênfase do Senhor na primeira pessoa e no futuro "eu farei", como o julgamento será orquestrado pelo próprio Senhor que reconstruirá sua nação.
MARANATA... (ORA VEM SENHOR JESUS)!
LEMBRA-TE... PREPARA-TE, "JESUS ESTÁ VOLTANDO..."

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